quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Matraquilhos

Alexandre Fisterra e os matraquilhos

Ao vadiar na net, encontrei uma referência a Alexandre Fisterra a quem aparentemente se atribui a invenção/criação dos matraquilhos (matrecos para os amigos) e vieram-me à memória horas passadas a jogar este jogo, em várias associações desportivo-culturais, cuja principal actividade desportivocultural era a prática desta modalidade. No Instituto Supeiror Técnico, por circunstâncias várias que aqui não vêm ao caso, as primeiras disciplinas que fiz foram Matrecos I e Matrecos II.

Jogo nacional de referência, é jogada por gente de todas as idades, sexo, etnia, religião, opção política, etç., dando inclusive direito à existência de uma federação nacional como qualquer modalidade que se preze.

O texto que se segue, escrito em galego, encontrei aqui.

"O inventor dos matraquilhos, o galego Alexandre Campos Ramires, conhecido como Alexandre Fisterra, faleceu no dia 9 de Fevereiro.

Nascido na localidade da Costa da Morte em Maio de 1919, onde residiu até aos onze anos, passou à história por ser o inventor dos populares matraquilhos, embora a maioria da Galiza ignore este facto.

O seu activo compromisso com a justiça e a liberdade provocou que boa parte da sua vida a passasse no exílio.

Após ser sepultado por umha bomba nazi em Madrid no ano 1936 fica coxo de umha perna e com feridas graves. É num hospital catalám, ingressado com outros mutilados de guerra, onde inventa, com a ajuda de um carpinteiro basco, um jogo de futebol inspirado no ténis de mesa.

O invento foi patenteado em 1937, no entanto perde o papel da patente quando atravessa a pé os Pirineus face ao exílio.

Na década de cinquenta, exilado na Guatemala, começa a produzi-los de maneira industrial. É neste país onde tem a ocasiom de meter uns golos ao Che Guevara, a quem conhece por meio da amizade da irmá dele com Hilda Gadea.

Numha entrevista recente, este poeta e editor defensor da República afirma que o seu invento é um jogo completo: “nom fomenta o autismo como os video-jogos; mas a amizade, o companheirismo, a coordenaçom de movimentos entre a mao direita e a esquerda”.

No ano 2004 com motivo da Euro é homenageado no Porto por ser o inventor deste jogo tam estendido no mundo, conhecido no mundo hispanófono como futbolín, metegol, canchitas, etc. Em inglês table football ou foosball; na Itália calcio Balilla ou em francês baby-foot.

Na nossa língua também existe variedade na designaçom, no Brasil costuma chamar-se futebol de mesa embora também seja conhecido como totó ou pebolim. Em Portugal o nome comum é matraquilhos ou matrecos, variantes da forma também galega matraquinhos.

Produzido pelo Centro Social Henriqueta Outeiro, em Compostela"

1 comentário:

Anónimo disse...

Se quiseres disputar uma partidinha... aposto que perdes!!!